Talvez porque eu não tenha essa habilidade tão comum entre a maioria neste país de bosta de "passar vaselina" tão espontaneamente no que nos é imposto, mas não somente por isso, é que tenho tanta sanha em me manifestar. Não aguento... simplesmente, não aguento. E que de nada para ninguém sirva o meu agravo (que ao meu ver constitui exatamente o oposto, ou um desgravo), de maneira tão honesta como sinto, digo: Foda-se você e qualquer outro argumento por você usado seja ou não amparado por esse desprezível e manipulatório sistema de leis de um suposto D/direito de merda.
Não sou igual a você. Não sou igual a ninguém. Nem da sua raça, do seu credo, da sua cor ou, ao menos, do seu posicionamento em relação a sexualidade. E, exatamente, por saber-me tão diferente e diverso de você, respeito as nossas diferenças e, por esta mesma via, a você. Esse pretexto de querer fazer a humanidade ver-se a si mesma sob o dogma de um único esteriótipo, visa a desumanização do indivíduo, a sua descontextualização de uma sociedade e a sua desvinculação a qualquer tipo de laço cultural.
Não importa o quanto essa idiotização ganhe força força de política impositiva, você nunca será igual a ninguém. Nunca um branco será igual a um negro; um cristão igual a um cientologista; um heterossexual a um homossexual. A utopia do "somos todos iguais" não visa acabar com o "preconceito" ou a "discriminação", pois esse dois conceitos - já tão exaustivamente expostos de modo a induzir em erro a todos - não podem ser combatidos através de um conceito de igualdade intangível, mas sim e tão somente de respeito. Tentar fazer que um negro que imediatamente veja uma loira que passa na sua frente passe a ter a cor da igualdade, é tão estúpido quando tentar enfiar uma rolha na parede. Alegar que por dentro somos todos iguais, é querer subestimar a capacidade visual do sujeito. Esse intento de atingir uma pressuposta igualdade de direitos visando acabar com a "injustiça" advinda de preconceitos sob o argumento de aniquilamento do racismo, por via da imposição de uma igualdade psicofisiológica é mendaz. Racismo se combate com respeito. Respeito se alcança com conhecimento. Conhecimento demonstra a diversidade. Diversidade é o avesso de igualdade.
Toda política de igualdade é nada mais que a tentativa de homogeneização de uma população, mediante a inserção de dogmas extraculturais, visando uma padronização completa de pensamentos e reações, com o objetivo oculto de se facilitar a manipulação de um povo sob o pretexto de humanizá-lo. Como se ser diferente e perceber as diferenças não fossem essencialmente faculdades humanas.