Sou completamente a favor da igualdade. Da igualdade de direitos absoluta: que todos os seres humanos, sem quaisquer tipos de distinções ou classificações, sejam considerados e vistos como iguais entre si, ignorando-se, por conseguinte, quaisquer tipos de diferenças, por mais evidentes que estas sejam.
Assim sendo, até por uma questão de lógica, sou favorável, inclusive, a que todos esses seres humanos já iguais entre si, sejam também igualados em importância e dereitos a todos os outros seres vivos existentes. Pois se o ser-humano não pode ser detentor de direitos distintos entre si, ou seja, dentro de sua própria espécie, sob a justificativa de serem todos iguais em virtude de possuírem uma mesma natureza, então, da mesma forma, devemos valorizar a qualquer outro tipo de vida na natureza sem jamais priorizar a existência nossa em detrimento a qualquer outro tipo de vida diversa, e por mais evidentemente distinta da nossa que essa seja.
Por via das consequências, poderíamos, também, estender este direito à igualdade aos vegetais, por sabermos, hoje em dia, que estes, como nós, representam uma forma de vida diversa, e por mais evidentemente distinta da nossa que essa vida seja.
Se viver e ser humano, embora evidentemente e biologicamente diferentes entre si, é o princípio fundamental para o ideal da igualdade, então, é dever estendermos esse direito também aos animais, sob pena de injustamente estarmos subestimando a vida daqueles ou superestimando a nossa. Se a vida humana não pode ser valorada de forma diferente entre si pelo fato de ser vida, é porque a vida é o que possui o maior valor, exatamente por preceder às diferenças. Se vida por si só não se distingue, difere ou valora ser algum perante a própria natureza, por que, então, a igualdade poderia ser direito tão somente humano?
E, tão somente assim, poderíamos, então, fazer justiça ao macaco, que de forma sempre tão infame é obrigado a se ver comparado a esse animal egoísta e pretensioso que é o ser humano,