"(...)Se cada homem expressar o tipo de governo capaz de ganhar o seu respeito, estaremos mais próximos de conseguir formá-lo. (...)" - Henry David Thoreau. - Antes ser um modesto conhecedor da verdade a um idiota bem instruído.
domingo, 29 de março de 2015
sexta-feira, 27 de março de 2015
segunda-feira, 23 de março de 2015
domingo, 22 de março de 2015
Che
Muito embora, eu, você, ou qualquer outro "idiota-útil" não saiba nada; que nada se tenha de sedimentado a esse respeito, seja documental ou por meio de declaração objetiva; da vida de Che Guevara, pouco se sabe.
Mas que tanto importa o que o "mártir" ou "monstro" seja; que na vida somente tenha feito e falado o mal; que tenha sido o "chancho" (porco), "El loco", ou fascista, nazista, racista; que a imagem que se veicula, face a todo desconhecimento real da personalidade do CHE, em razão da imagem que se o reputa, não faz, ao menos, pensarmos num porquê, senão absurdo, do motivo pelo qual o vilipendiamento de sua imagem importe tanto à dita "direita" política?
A imagem veiculante de um Che, que apesar de sabidamente esquerdista, comunista, revolucionário, também era homem bom, íntegro, idealista, defensor das classes "oprimidas"; uma pessoa que abriu mão de uma profissão privilegiada (médico), nascido numa família abastada e tradicional da Argentina, a quem nada era exigido além de ser um descendente desta classe privilegiada; abriu mão de tudo o que tinha - da riqueza e da prosperidade certas - para arriscar um golpe, de 24 homens(!), contra um governo de um país, em prol de fato a uma "ideologia" desconfortável. Tudo que se vincula à imagem do Che é bom, ainda que este represente um sistema político que deva ser combatido. Mas para este fim, faz-se necessário que se ataque o que houve de bom neste sistema? Seria como atacar o princípio do "oferecer a outra face", ou a pregação da solidariedade cristã para se tentar acabar com a moral do cristianismo.
Se acaso do Cristo se descobrisse prova cabal de que, nos 30 anos nos quais nada se sabe a respeito da sua vida, ele fora um pedófilo miserável que nada tinha de propósito na vida além de abusar sexualmente de infantes, acaso, a imagem do Cristo se perderia juntamente com o seu ideal? O cristianismo seria destruído e a sua mensagem também? Que o cristianismo perderia além da pessoa do cristo de natureza humana? Nada. Nada além da pessoa por trás do mártir. No entanto, o ideal religioso, escravizador da alma; o pretexto da luta eterna do bem contra o mal; o cabresto que direciona o espírito humano, jamais deixariam de existir.
A imagem de Jesus Cristo e da mesma forma com a de qualquer outro mártir, sequer seria abalada. Pois a imagem do mártir, se destaca da pessoa humana. É a ela que se atribui o caráter divino ou supra-humano e não à pessoa que a simboliza. Ao se criar um mártir, faz-se surgir uma cisão entre a pessoa humana e imagem que se adora. Ao mesmo tempo que o mártir aproxima o ser-humano de Deus, deifica o ser-humano, afastando-o da humanidade; isso se transmuta na "imagem", em si, que o mártir passa a representar. A pessoa, o agente é humano, a imagem imortal. E esta por sua vez, adquire um caráter próprio em nada presa ao ente humano que a originou. Que Cristo fosse pedófilo e que Che um monstro, não se cessariam a confecção de cruzes ou de camisetas.
Combater a imagem de Che, vilipendiando o Ernesto Guevara de La Cerna, é apedrejar a cruz do cristo, nada mais. Tentar atacar ao Comunismo, desdenhando os seus agentes, ou revirando seus túmulos é inócuo e chega a ser um ato imbecil. Essa sanha da direita em destruir a imagem virtuosa do Che, é tola! É Pífia; suja! Tão suja quanto a esquerda tenta fazer a respeito de ideólogos da direita, atacando às suas pessoas e não as suas ideias. Mas o pior é que nada há de concreto a respeito da reputação de Che que se possa compará-lo em crueldade a Fidel, Marx, Lênin, Stalin, Mao-tsé ou Hitler. Dentre estes, com certeza, mesmo se levando em consideração tão somente os seus atos pérfidos, Ernesto é um virtuoso do bem. Realmente, um santo!
Todas as matérias que consegui encontrar a respeito de Che, não infirmam ou se contrapõe a altura dos seus atos de bondade e desapego. Foi presidente do Banco Central de Cuba, e, no entanto, nunca recebeu um salário sequer para isso. Aliás, doara tudo o que perceberia enquanto investido neste cargo ao regime que o traiu e o matou. Nem um dia após a tomada do poder deixou de trabalhar ao lado da população. Em vez de se firmar no poder ao lado de Fidel trancado em escritórios, preferiu ir trabalhar com a população nas lavouras de cana! Compartilhou com estes tudo o que tinha. Isso, inclusive, essa personificação de um ideal, fez com que o povo de Havana passasse a idolatrá-lo mais que a Fidel. A imagem do Che superou a do "Comandante" cubano.
Se Che não fosse acima de tudo um idealista, por acaso não seria muito mais fácil para este ter permanecido na ilha junto com Fidel? Extremamente exaurido por ser asmático, abriu mão inicialmente da sua origem abastada, e novamente, quando alcançado um objetivo, abriu mão do conforto e do descanso que poderia se julgar merecedor, para novamente vir a se esconder numa mata boliviana, sem comida, medicamento, ou descanso e lá morrer traído por aqueles por que lutava?
Tivesse ficado em Havana, seria medicado adequadamente, e já poderia até mesmo descansar, e qualquer asmático sabe o quanto uma crise asmática é desgastante para a pessoa. Já havia cumprido na vida mais que qualquer outro idealista havia aspirado. Que o ideal não seja exatamente um ideal cristão de justiça, o que quero provar é que Guevara poderia, com toda glória, ficar onde estava e viver bem melhor do que do modo como passara o resto da sua vida. Preferiu voltar a selva, e lutar contra os demônios da sua vida. Devemos saber separar bem as coisas. Uma coisa é odiar ao comunismo e refutá-lo no campo teórico e prático; outro e desprezar o que de bom possa esse regime ou "ideologia política" possa vir a ter.
Se Che tivesse ficado em Cuba, provavelmente estaria vivo até hoje. Mas para Fidel, e para o regime, a sua morte era muito mais importante. Fidel, por vê-lo como uma possível ameaça à sua própria popularidade, posto que Che angariava mais fiéis que o seu articulador e criador. Para o regime, era o mártir necessário a qualquer causa ou ideologia. A criação do mito. E Guevara, então, foi morto na Bolívia, traído. Faminto e abatido em decorrência de um ano de selva somado a ataques cotidianos de asma, contra a qual durante as suas crises o único disponível medicamento utilizado era a injeção de adrenalina, foi morto e fotografado, barbudo e com os cabelos compridos, e com o queixo amarrado, escondendo todas as mazelas, repetindo, assim, a semelhança física e por isso tornado o Cristo do comunismo. Tornou-se mártir para existir além do Ernesto Guevara de La Cerna. E por toda essa soma de motivos, é sim, o mais perfeito símbolo para causa que representa. E a representa bem. pois nela se consolidam não somente o ideal aparente, como o real sentido, somados à traição, ao uso da boa-fé dos seres humanos como meros instrumento para um interesse "maior"; um descartado.
Sequer os comunistas atribuem ao Che a imagem que este mereceria, pois sabem que qualquer um deles nada além de instrumentos para uma finalidade o são. Ao mesmo tempo que ostentam sua imagem em bandeiras, por o terem traído e assassinado, não fazem questão de fazer nada além de usar a sua imagem assim como o utilizaram para a sua causa.
A imagem de Jesus Cristo e da mesma forma com a de qualquer outro mártir, sequer seria abalada. Pois a imagem do mártir, se destaca da pessoa humana. É a ela que se atribui o caráter divino ou supra-humano e não à pessoa que a simboliza. Ao se criar um mártir, faz-se surgir uma cisão entre a pessoa humana e imagem que se adora. Ao mesmo tempo que o mártir aproxima o ser-humano de Deus, deifica o ser-humano, afastando-o da humanidade; isso se transmuta na "imagem", em si, que o mártir passa a representar. A pessoa, o agente é humano, a imagem imortal. E esta por sua vez, adquire um caráter próprio em nada presa ao ente humano que a originou. Que Cristo fosse pedófilo e que Che um monstro, não se cessariam a confecção de cruzes ou de camisetas.
Combater a imagem de Che, vilipendiando o Ernesto Guevara de La Cerna, é apedrejar a cruz do cristo, nada mais. Tentar atacar ao Comunismo, desdenhando os seus agentes, ou revirando seus túmulos é inócuo e chega a ser um ato imbecil. Essa sanha da direita em destruir a imagem virtuosa do Che, é tola! É Pífia; suja! Tão suja quanto a esquerda tenta fazer a respeito de ideólogos da direita, atacando às suas pessoas e não as suas ideias. Mas o pior é que nada há de concreto a respeito da reputação de Che que se possa compará-lo em crueldade a Fidel, Marx, Lênin, Stalin, Mao-tsé ou Hitler. Dentre estes, com certeza, mesmo se levando em consideração tão somente os seus atos pérfidos, Ernesto é um virtuoso do bem. Realmente, um santo!
Todas as matérias que consegui encontrar a respeito de Che, não infirmam ou se contrapõe a altura dos seus atos de bondade e desapego. Foi presidente do Banco Central de Cuba, e, no entanto, nunca recebeu um salário sequer para isso. Aliás, doara tudo o que perceberia enquanto investido neste cargo ao regime que o traiu e o matou. Nem um dia após a tomada do poder deixou de trabalhar ao lado da população. Em vez de se firmar no poder ao lado de Fidel trancado em escritórios, preferiu ir trabalhar com a população nas lavouras de cana! Compartilhou com estes tudo o que tinha. Isso, inclusive, essa personificação de um ideal, fez com que o povo de Havana passasse a idolatrá-lo mais que a Fidel. A imagem do Che superou a do "Comandante" cubano.
Se Che não fosse acima de tudo um idealista, por acaso não seria muito mais fácil para este ter permanecido na ilha junto com Fidel? Extremamente exaurido por ser asmático, abriu mão inicialmente da sua origem abastada, e novamente, quando alcançado um objetivo, abriu mão do conforto e do descanso que poderia se julgar merecedor, para novamente vir a se esconder numa mata boliviana, sem comida, medicamento, ou descanso e lá morrer traído por aqueles por que lutava?
Tivesse ficado em Havana, seria medicado adequadamente, e já poderia até mesmo descansar, e qualquer asmático sabe o quanto uma crise asmática é desgastante para a pessoa. Já havia cumprido na vida mais que qualquer outro idealista havia aspirado. Que o ideal não seja exatamente um ideal cristão de justiça, o que quero provar é que Guevara poderia, com toda glória, ficar onde estava e viver bem melhor do que do modo como passara o resto da sua vida. Preferiu voltar a selva, e lutar contra os demônios da sua vida. Devemos saber separar bem as coisas. Uma coisa é odiar ao comunismo e refutá-lo no campo teórico e prático; outro e desprezar o que de bom possa esse regime ou "ideologia política" possa vir a ter.
Se Che tivesse ficado em Cuba, provavelmente estaria vivo até hoje. Mas para Fidel, e para o regime, a sua morte era muito mais importante. Fidel, por vê-lo como uma possível ameaça à sua própria popularidade, posto que Che angariava mais fiéis que o seu articulador e criador. Para o regime, era o mártir necessário a qualquer causa ou ideologia. A criação do mito. E Guevara, então, foi morto na Bolívia, traído. Faminto e abatido em decorrência de um ano de selva somado a ataques cotidianos de asma, contra a qual durante as suas crises o único disponível medicamento utilizado era a injeção de adrenalina, foi morto e fotografado, barbudo e com os cabelos compridos, e com o queixo amarrado, escondendo todas as mazelas, repetindo, assim, a semelhança física e por isso tornado o Cristo do comunismo. Tornou-se mártir para existir além do Ernesto Guevara de La Cerna. E por toda essa soma de motivos, é sim, o mais perfeito símbolo para causa que representa. E a representa bem. pois nela se consolidam não somente o ideal aparente, como o real sentido, somados à traição, ao uso da boa-fé dos seres humanos como meros instrumento para um interesse "maior"; um descartado.
Sequer os comunistas atribuem ao Che a imagem que este mereceria, pois sabem que qualquer um deles nada além de instrumentos para uma finalidade o são. Ao mesmo tempo que ostentam sua imagem em bandeiras, por o terem traído e assassinado, não fazem questão de fazer nada além de usar a sua imagem assim como o utilizaram para a sua causa.
quinta-feira, 19 de março de 2015
quarta-feira, 18 de março de 2015
Deus e fé.
Se um dia, por mero acaso somente, mas de nunca de forma proposital, alguém esbarrar ou vier a encontrar Deus; alguém, por acidente, numa esquina, numa igreja, numa mesquita, sinagoga, casa ou mansão, venha a ter com Ele, velhinho e barbudo, sisudo, meio Papai Noel, e, então, tire a sua foto, filme-o, descubra o seu atual endereço; traga-o a público, exiba-o nas televisões; converse com Ele, oportunize-se que todos esclareçam pessoalmente as dúvidas universais que sempre assombraram e dirigiram a humanidade; fizessem-lhe um RG, um CPF, enfim encontrassem Deus, o todo poderoso, onipresente, onisciente e tudo mais. O Pai...
Se um dia isso viesse a acontecer, descobririam que Ele, na verdade, não é, nunca foi, e nunca será, mais importante que a fé que tinham nele. Teriam, então de escondê-lo novamente, esquecer o que se passou, torná-lo um impostor, para que tudo pudesse, assim, voltar a normalidade. A certeza da existência de Deus é nada, senão, a incerteza da sua própria existência.
Liberdade
Em que pese que o homem cada vez menos queira ver a terceirização do que é público, ao se assumir como um tutelado pelo Estado, seja pelo regime político, seja o de direito, ele acabou por terceirizar o que seria mais peculiar a sua existência como ser humano: a sua relação com o seu próximo.
O homem em sociedade, terceirizou ao Estado o seu dever para com cuidado do seu semelhante. Iludiu-se ao imaginar que delegou ao Estado a sua segurança, pois o que fez foi abdicar ao seu direito de se defender. Terceirizou tanto sua segurança, que se indispôs ao direito de andar armado. E quando o Estado falha na sua defesa, contrata um terceiro (agora quarto) para que o proteja.
O Estado é a sedimentação da imbecilidade coletiva.
terça-feira, 17 de março de 2015
15 de março de 2015
Hoje, tenho que admitir, fui vítima da segregação. Na verdade, você também deveria admitir que foi. Na realidade, todos os dias sou vítima e você também. Mas por que deveríamos admiti-lo? Porque somos. Porque a sociedade brasileira foi de tal modo segmentada que é impossível pertencer a mais de um grupo, ou sequer definir com a devida certeza a qual grupo pertencemos. A igualdade é uma tese infundada, ansiada pelos homens mas concebida, unicamente, em consequência da observância da existência das desigualdades e que por isso, por serem nada mais que latentes e imanentes, serão sempre indissolúveis. Os homens nunca nascerão iguais. Fui segregado e sempre serei porque nunca existirá a igualdade.
Malgrado toda a legislação trabalhista, criminal, e outras imposições empurradas goela adentro da população sob o pretexto de "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que eles se desigualam", em nada contribuem senão para asseverar as dessemelhanças entre classes, sexos e grupos étnicos, dando origem a nada mais que a instituição de privilégios de todos os tipos. Como um privilégio a um determinado "grupo" pode igualar os seus beneficiários a outrem? Como exemplo, cito o tipo penal da injúria agravada. Caso você xingue qualquer ser humano de "filho da puta" a penalidade prevista em lei é infimamente menor que se você venha a proferir uma ofensa como "Seu macaco" a uma pessoa negra ou de descendência negra. Isso transforma não somente a vítima da injúria racial numa vítima mais protegida que o ser humano médio, como, ao mesmo passo, a inferioriza em relação as demais.
A relação entre superproteção e autovalorização, acaba sendo inversamente proporcional. Nesse tipo penal, compara-se a ofensa em razão da raça, à ofensa proferida a um inválido ou deficiente, que dado as suas limitações físicas visíveis, caso sofra algum tipo de ofensa a honra, por já se encontrar numa condição natural inferior, além de não poder se defender a si mesmo a altura, ainda tem a sua moral mais afetada além do que a própria condição física já lhe impôs; assim como equipara a cor da pele a condição de um idoso que não tem condições também físicas de esboçar algum tipo de reação a altura da ofensa sofrida.
Neste escopo, o tipo penal da injúria agravada com cunho racial, por acaso privilegia o quê? Ao se analisar o propósito da lei, denota-se que ela visa "igualar as desigualdades" evidentes e insuperáveis dadas as condições físicas, que por serem objeto da tutela, automaticamente se classificam como inferiores a dos demais. São protegidos porque o atributo que a sua cor de pele demonstra é o de algum tipo de inferioridade. Como exemplo a legislação trabalhista, que iguala os empregados desfavorecidos privilegiando-os quanto ao ônus da prova em relação ao patrão, favorecido naturalmente.
Leis deste tipo, sempre exaltam as diferenças, então nunca poderão ser o condão da igualdade. Então quando a lei privilegia no mesmo tipo penal, uma raça, por acaso nada mais está fazendo que a colocar na imediata condição de inferioridade. Qual a desvantagem ou inferioridade física imanente e visível que uma raça possui em relação às demais, se tidas como iguais entre si? Que a lei vise então, sob outro vértice, forçar que as pessoas se vejam como iguais, impondo um respeito a essa condição proibindo a sua manifestação verbal, acabou, na realidade, asseverando estas diferenças. Isso porque nenhum negro, hoje em dia, se reserva ao direito de não registrar ocorrência policial ao se "sentir" ofendido e sempre que pode utiliza esse pretexto legal de ter sido segregado racialmente.
Leis deste tipo, sempre exaltam as diferenças, então nunca poderão ser o condão da igualdade. Então quando a lei privilegia no mesmo tipo penal, uma raça, por acaso nada mais está fazendo que a colocar na imediata condição de inferioridade. Qual a desvantagem ou inferioridade física imanente e visível que uma raça possui em relação às demais, se tidas como iguais entre si? Que a lei vise então, sob outro vértice, forçar que as pessoas se vejam como iguais, impondo um respeito a essa condição proibindo a sua manifestação verbal, acabou, na realidade, asseverando estas diferenças. Isso porque nenhum negro, hoje em dia, se reserva ao direito de não registrar ocorrência policial ao se "sentir" ofendido e sempre que pode utiliza esse pretexto legal de ter sido segregado racialmente.
Mas o que ninguém percebe é que a intensão desta lei não é o de sedimentar princípio da igualdade. É sim, este, o pretexto, mas a sua finalidade é meramente segregacionista. É legislar de forma segregacionista. A proteção a uma determinada classe, ou grupo é oficializar a existência da diferença através da criação de lei. Vide que a lei não visa educar a sociedade a ver alguém que não é evidentemente igual ou que dê a ele igual tratamento. Unicamente, proíbe a expressão de termos de cunho pejorativo que se relacionem a condição dos privilegiados.
Você pode pensar, pode ter até a certeza(!) de que negros são inferiores; você pode não contratá-los, você pode tratá-los com menos zelo do que dispensaria ao seus iguais; mas proferir tipo de pensamento fundamentado neste tipo de sentimento racista, é proibido. Aliás, não nem proibido ser racista, proibido é manifestar-se como tal. Assim em relação a qualquer raça, como a polonesa por exemplo. Chamar alguém de polaco, desde que o descendente de poloneses se ofenda é também injúria racial. Mas você nunca verá um polonês se sentir tão ofendido ao ser injuriado desta forma a ponto de perder seu tempo e registrar uma ocorrência policial. Por quê? Porque, por mais que a lei inclua genericamente o conceito racial e ainda tenha incluído em seu tipo os deficientes, idosos, etc, no fundo foi feita para o regozijo dos afro-descendentes. E a mídia se encarregou de educá-los nesse sentido. E aprenderam bem.
Você pode pensar, pode ter até a certeza(!) de que negros são inferiores; você pode não contratá-los, você pode tratá-los com menos zelo do que dispensaria ao seus iguais; mas proferir tipo de pensamento fundamentado neste tipo de sentimento racista, é proibido. Aliás, não nem proibido ser racista, proibido é manifestar-se como tal. Assim em relação a qualquer raça, como a polonesa por exemplo. Chamar alguém de polaco, desde que o descendente de poloneses se ofenda é também injúria racial. Mas você nunca verá um polonês se sentir tão ofendido ao ser injuriado desta forma a ponto de perder seu tempo e registrar uma ocorrência policial. Por quê? Porque, por mais que a lei inclua genericamente o conceito racial e ainda tenha incluído em seu tipo os deficientes, idosos, etc, no fundo foi feita para o regozijo dos afro-descendentes. E a mídia se encarregou de educá-los nesse sentido. E aprenderam bem.
Isso é parte de um processo de desestabilização da sociedade consistente na sua máxima segmentação. De um lado os burgueses, do outro os proletários; os brancos, negros, amarelos, indígenas, etc; os cristãos, os muçulmanos, espíritas, budistas, etc; e assim cada vez mais grupos surgem. Bairros, ruas, quadras casas. É cada vez mais difícil de se encontrar um fator de unidade nacional quando há tantos interesses e grupos a compondo. E, obviamente, que isso é do interesse de alguém. Como não concluir que isso seja do interesse de algum outro grupo? Alguém irá lucra e está lucrando muito com isso: a ordem que hoje se instala.
Uma nação que se saiba como uma nação, não vê nos seus integrantes seres diferentes apesar das suas diferenças. Brigariam entre si e se ofenderiam sim, na medida de suas desigualdades, mas nunca em função delas. Existiriam entre si respeitando as desigualdades mas não tendo o dever de suportá-las!
No Brasil nunca houve KKK, nunca haverá, mas o discurso segregacionista está tão arraigado na mente tupiniquim que quase acreditam que aqui houve, há e, se nada fizerem contra, continuará a existir.
Joaquim Barbosa, por acaso entrou no STF por cotas? Se um país tão racista, sabe admirar a este Ministro, ao Pelé, aos Ronaldinhos, ao Joaquim Cruz, ao Anderson Silva, e tantos mais, e onde a palavra nunca foi negada a nenhum destes, que país é o nosso senão o menos racista do mundo? Há negros de sucesso em todos os segmentos, mas estes ainda se dizem os desfavorecidos e segregados! Esta é a prova de que a tentativa de desestabilização da sociedade através da sua segmentação foi frutífera. O fato de um segmento nunca discriminado, passar a se dizer segregado, é reflexo, é a consumação de uma educação que visa frisar as diferenças e não amenizá-las.
Foi tão bem sucedida neste sentido a educação deletéria neste país, que isto se reflete em todos os aspectos. Por exemplo, no trabalho, observo que juízes acabam casando-se entre aqueles que julgam seus iguais. Conversam e só tem valor a palavra dos seus iguais. Por mais polidos que sejam no trato com seus dissemelhantes, nunca a palavra destes terá o peso daqueles que estão no seu patamar.
Todos se idiotizaram dentro de grupos dos quais julgam pertencer, mas ao mesmo tempo não se sentem unicamente parte de um único grupo, pois ser humano, não consiste em ter apenas uma faceta, uma vontade, um desejo, mas várias; mas essa pluralização social já contribui para a individualização da pessoa e por mais inserida que se sinta em um grupo o que sente é solidão. Parte sua é de um grupo, parte de outro e assim os grupos dissolvem a individualidade a isolando no aspecto geral da sociedade.
Segmentadamente, a sociedade se divide em diversas classes de imbecis. A classe de imbecis a qual pertenço, não merece acolhida intelectual no meio dos imbecis justiçadores para a qual trabalho. E o que acho e penso, não tem acolhimento algum em seu meio. Aliás faço parte de um grupo que não encontra voz. Talvez eu pertença ao grupo dos mudos que escrevem à noite para si mesmo com o fito de tentar encontrar algum porquê qualquer. Talvez, ao dos curitibanos que vieram morar no interior e se sentem ignorados pelo que os demais temem de si mesmos. Talvez ao grupo dos funcionários públicos da justiça estadual.
Com a criação de tantos grupos diferentes a dificuldade em se enquadrar num deles faz com que deixemos de existir em sociedade. A sociedade deixou de ser composta por cidadãos unicamente, cada qual tem que representar, ou tenta representar, um segmento da sociedade e expressar o interesse desse grupo. Isso é, em si, a dissolução da sociedade e de uma nação. E por isso, meus caros, por isso, as manifestações públicas nunca surtirão efeito neste país.
Ontem, 15/03/2015, uma população segmentada e dividida foi às ruas gritar unida, mas seus brados divididos eram tantos e tão distintos que não se pode ouvir direito o que queriam dizer.
Foi tão bem sucedida neste sentido a educação deletéria neste país, que isto se reflete em todos os aspectos. Por exemplo, no trabalho, observo que juízes acabam casando-se entre aqueles que julgam seus iguais. Conversam e só tem valor a palavra dos seus iguais. Por mais polidos que sejam no trato com seus dissemelhantes, nunca a palavra destes terá o peso daqueles que estão no seu patamar.
Todos se idiotizaram dentro de grupos dos quais julgam pertencer, mas ao mesmo tempo não se sentem unicamente parte de um único grupo, pois ser humano, não consiste em ter apenas uma faceta, uma vontade, um desejo, mas várias; mas essa pluralização social já contribui para a individualização da pessoa e por mais inserida que se sinta em um grupo o que sente é solidão. Parte sua é de um grupo, parte de outro e assim os grupos dissolvem a individualidade a isolando no aspecto geral da sociedade.
Segmentadamente, a sociedade se divide em diversas classes de imbecis. A classe de imbecis a qual pertenço, não merece acolhida intelectual no meio dos imbecis justiçadores para a qual trabalho. E o que acho e penso, não tem acolhimento algum em seu meio. Aliás faço parte de um grupo que não encontra voz. Talvez eu pertença ao grupo dos mudos que escrevem à noite para si mesmo com o fito de tentar encontrar algum porquê qualquer. Talvez, ao dos curitibanos que vieram morar no interior e se sentem ignorados pelo que os demais temem de si mesmos. Talvez ao grupo dos funcionários públicos da justiça estadual.
Com a criação de tantos grupos diferentes a dificuldade em se enquadrar num deles faz com que deixemos de existir em sociedade. A sociedade deixou de ser composta por cidadãos unicamente, cada qual tem que representar, ou tenta representar, um segmento da sociedade e expressar o interesse desse grupo. Isso é, em si, a dissolução da sociedade e de uma nação. E por isso, meus caros, por isso, as manifestações públicas nunca surtirão efeito neste país.
Ontem, 15/03/2015, uma população segmentada e dividida foi às ruas gritar unida, mas seus brados divididos eram tantos e tão distintos que não se pode ouvir direito o que queriam dizer.
domingo, 15 de março de 2015
Petistas fil...
A lei não permite a livre manifestação. Crimes como o de injúria e difamação impedem que nós expressemos nossa real vontade. Mas pensar, nunca será proibido! Imaginar, menos ainda. Então, minorias demasiadamente privilegiadas, e partidos políticos xiitas, saibam que em meus pensamentos fiz com vocês o que Calígula não ousaria sequer imaginar.
https://www.facebook.com/video.php?v=10202641545799040
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sábado, 14 de março de 2015
Intelectualidade tupiniquim
A verificação mais clara da absoluta "idiotização" da sociedade brasileira: O que se acha inteligente é nada além de um eco vazio do conhecimento que lhe fora repassado e o que se acha burro é mudo.
quarta-feira, 11 de março de 2015
O carro e o bicicleteiro
O motivo pelo qual nunca deveríamos ter eleito um governo declaradamente "esquerdista, socialista, anti-imperialista do sub-continente" é óbvio: como um comunista poderia saber dirigir ou governar um país capitalista? Seria o mesmo que entregar um carro estragado para o bicicleteiro concertar!
É clarividentemente falho pensar que um governo comunista seja a correta alternativa de governança dentro de um sistema neo liberal, sem se imaginar que para que aqueles possam governar, ou, sequer, fazer alguma coisa, não tenham que mudar o SISTEMA de governo.
Será que não avisaram ao brasileiro que o Partido dos Trabalhadores, criador do Foro de São Paulo(!), é um partido comunista? Talvez, só porque não possuam na sigla a palavra COMUNISTA, enganaram a todos? PC e PC do B, então, somente constituem os partidos comunistas. Socialistas e outros radicais de esquerda, não.
Seria necessário se substituir na sigla do partido a palavra TRABALHADORES pela PROLETARIADO, então, para que fizessem alguma mísera associação do partido com algum movimento comunista? Por acaso, deveriam estampar na fachada da sede do Partido dos Trabalhadores, que já usa a surrada estrelinha dos comunas cubanos como símbolo, além da foto em negativo do Che Guevara, os dizeres BURGUÊS AQUI NÃO ENTRA?
Talvez, não fosse totalmente óbvio por si a associação ao comunismo, acredito que alguém deveria, antes(!), ter alertado aos brasileiros que o PT é um partido comunista! Pois se assim o tivessem feito há doze anos atrás, no lugar da pergunta "vocês querem eleger o Lula?", a pergunta correta seria "vocês querem que o Brasil vire comunista?". E não acredito que nada além de alguns pouquíssimos compatriotas diriam sim.
Foda(!), mas brasileiro é burro e vai "na onda". E tem gente ainda mais "coxinha" chamando "coxinha" de "coxinha", como se a sua compra do mês fosse mais farta que a do outro!
Podre(!), mas Brasil é Brasil, e como é modinha chamar os outros do que nem se sabe o porquê, mas porque é o que se faz(!) então, "beijinho no ombro" pra essa racinha burra, que mesmo que não tenha a eleito, merece sim a Dilma que tem!
E sabe o que mais vou fazer? Vou criar eu também um partido, dito Partido Ariano (mesmo sendo filho de um descendente de indígenas), e usarei a Suástica como símbolo, porque ninguém nessa merda de Brasil conseguirá imaginar, só com isso, que meu partido é Nazista!
Ainda, assim, o meu brasão da águia romana não será menos brasileiro que o saci!
terça-feira, 10 de março de 2015
Atas do Fórum de São Paulo
Caso alguém não saiba, o Fórum de São Paulo foi formado com o seguinte propósito:
"(...)Inédito por sua amplitude e pela participação das mais diversas correntes ideológicas da esquerda, o encontro reafirmou, na prática, a disposição das forças de esquerda, socialistas e anti-imperialistas do sub-continente de compartilhar análises e balanços de suas experiências e da situação mundial. Abrimos assim novos espaços para responder aos grandes objetivos que se colocam hoje a nossos povos e a nossos ideais de esquerda, socialistas, democráticos, populares e anti-imperialistas.(...) [Primeira ata do Encontro - 1990]"Quantas vezes você já ouviu um professor no ensino médio ou faculdade fazer referência a esses ideais?
"(...)Nesse sentido, considerou-se tarefa primordial de solidariedade a defesa da soberania de Cuba e os esforços para frustrar os planos do poder imperialista estadunidense contra a Revolução Cubana. Destacou-se a necessidade de defender as conquistas da Revolução Sandinista, ameaçadas depois da derrota eleitoral da FSLN, de apoiar os significativos avanços democráticos do povo haitiano, encarnadas no Governo do padre Aristide, de solidarizar-se com a luta da FMLN e demais forças progressistas de El Salvador na busca de uma sólida política negociada que erradique as causas da guerra, de apoiar a luta da URNG, da Guatemala, e sua proposta de uma solução política ao conflito armado sobre bases justas, de respaldar a luta peIa saída das tropas norte-americanas do Panamá, de assumir a luta anticolonial dos porto-riquenhos e dos demais povos das colônias do Caribe, de rechaçar a intervenção militar que, sob o pretexto da "guerra andina contra o narcotráfico", os EUA praticam na Bolívia, Peru, Equador e Colômbia, e de condenar as fraudes eleitorais e todas as modalidades de repressão. Da mesma forma, o II Encontro expressou seu apoio à reivindicação da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, seu respaldo à independência de Martinica e Guadalupe, sua adesão à campanha de solidariedade contra o cólera no Equador, denominada "um barco peIa vida", e seu rechaço a todas as medidas de impunidade na América Latina frente aos crimes do militarismo e à violações dos direitos humanos em nosso continente, em particular, as relacionadas com os desaparecidos, assim como ao processo de mudanças e negociação política na Colômbia. Da mesma forma, o II Encontro expressou seu apoio à reivindicação da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, seu respaldo à independência de Martinica e Guadalupe, sua adesão à campanha de solidariedade contra o cólera no Equador, denominada "um barco peIa vida", e seu rechaço a todas as medidas de impunidade na América Latina frente aos crimes do militarismo e à violações dos direitos humanos em nosso continente, em particular, as relacionadas com os desaparecidos, assim como ao processo de mudanças e negociação política na Colômbia.(...)[Resoluções do segundo encontro - Cuidad del Mexico - 1991]"Se, por si só esses trechos de documentos não demonstram o tipo de ensino que você teve, ou, melhor como você foi educado para ver o mundo, segue o link completo contendo todas as atas.
domingo, 8 de março de 2015
Manifestações e greve
Gostaria mesmo de entender qual o motivo pelo qual os brasileiros acreditem tanto nessa "manifestação pró-impeachment", ou "marcha" do dia 15/03?
Qual manifestação ou greve ou luta popular brasileira nos trouxe algum benefício real até hoje para que nutra tanta esperança nos meus compatriotas mais uma mobilização através de paralisações greves e piquetes? O movimento "Diretas já" assim como os "caras pintadas", nunca foram a força motriz através da qual se operou uma "mudança". A mudança já estava instalada no cenário político em ambos os casos, tanto que latente a exposição na mídia televisiva. As manifestações populares daquela época não deram ensejo, mas muito contrariamente, até mesmo, foram consequência da mudança já instalada. A mudança ocorreria até mesmo sem o apoio popular. "Caras Pintadas" e outras aberrações só ajudaram a acabar de derrubar algo que já se encontrava caindo num abismo. Não os puseram naquela situação; eles já se encontravam lá.
Aliás, se analisarmos a realidade fática pós mudança nessas duas movimentações quais os benefícios oriundos delas?
Que da greve dos caminhoneiros resulte algum benefício para essa classe, o mal a que já deu causa a paralisação para a sociedade como um todo até o momento, qual seja, aumentos de preços de bens de consumo essenciais ocasionando num aumento da inflação, o ganho que aqueles possam vir a ter em algum aspecto, não irá superar as perdas e o prejuízo total que a sua manifestação causou. O ganho não superará o prejuízo a que deram causa. Mas entendo essa manifestação burra da esquerda contra a esquerda. É o ideal da luta de classes reverberando e empurrando a sociedade toda para o caos. Reivindicar para essa gente é mais importante que o resultado. O resultado ansiado é uma melhoria nos ganhos, os resultados reais empurrar o país todo para o caos.
Professores, também, incorrem no mesmo erro. Mas a necessidade da militância a um movimento do proletariado já está tão inculcado em nossas mentes que são incapazes de medir as consequências e preferem a ação ao resultado.
Então, meus caros "camaradas" me digam qual benefício econômico, social ou intelectual uma manifestação nos trouxe até hoje? As conquistas dos piqueteiros do ABC Paulista, nos deu de presente um Lula dentre outros crápulas. Os "caras pintadas" nos deram um Lindberg Farias. Será que ninguém consegue ver que as armas como as quais o povo luta hoje são as mesmas utilizadas pelos que hoje são os seus alvos? É a vítima seguindo o exemplo de vida de seu algoz.
Deveríamos é analisar um novo modo de lutar; utilizar contra o sistema o mesmo método que os ajudou a chegar no poder é alimentar o vírus com mais doença!! É estupidez!! Mas, de tudo isso, que não tenhamos a certeza de qual método deveríamos utilizar contra o atual sistema, a uma conclusão podemos chegar: a de que este modo de lutar está absolutamente errado e nenhum benefício dele será advindo.
Particularmente, caso vingue a manifestação do dia 15/03/2015, tenho muito medo dos líderes que dele venham a surgir. Lulas, Lindbergs, ou não, os que estão por trás do movimento do dia 15, leram a mesma cartilha.
sábado, 7 de março de 2015
Professores e pacotaço
Os
professores do Estado do Paraná protestam contra um projeto de lei
vulgarmente denominado “pacotaço”. Engraçado...
Profissionais
que já não tinham adequadas as condições para bem
desempenharem o seu trabalho, seja por receberem pouquíssimo,
trabalhar muito e com carência de material em instalações
precárias, ainda se veem à mercê de desmandos e desrespeito tanto
do governo e, como se não bastasse, também de seus alunos. E contra
estes, nem mesmo podem esboçar reação ante a qualquer tipo de
agressão injusta cometida contra si, pois, sabemos, a lei brasileira
privilegia ainda mais que os bandidos adultos, os nossos criminosos
juvenis. Ademais, os mestres não podem opor algum tipo de reprimenda
em face do mal que se lhes acomete sem que se arrisquem a se ver
processados como incursos nalgum tipo penal absurdo ou verem suas
morais vilipendiadas em qualquer tipo de escândalo midiático.
Ser
agredido moral ou fisicamente em uma escola é algo que os
professores estão sujeitos sem nunca terem sido preparados, se é
que há meios de se preparar alguém para tal. São tantas as agruras
do lecionar no Brasil e tão poucos os benefícios e desrespeito, que
ser professor, realmente, deve ser o exercício tão só do amor e da
ideologia. E, parece mesmo, que todo professor o é, somente por amor
ou convicção. Que nobre ofício... Não o fosse por suposta
inteligência o seu exercício, seria burrice a sua aspiração.
No
entanto, a precariedade do ensino no país é latente, patente e de
conhecimento geral, só que o objeto da crítica errado, mentiroso,
desinformado. Não se faz nem necessário mencionar o Gramscismo no
ensino, até poque a avassaladora maioria nem saberia do que se
estaria tratando. É de formato Gramcista o ensino brasileiro? Sem
dúvidas; inquestionável. Mas, para quem já foi tão vitimado por
este sistema de ensino a ponto de não possuir condições de
refletir a esse respeito, ou, caso queira refletir, ou mesmo anseie
por uma informação correta, ao recebê-la, teria a “vontade” de
mudar a si mesmo e tudo o que aprendeu até o momento? A estes, meu
apelo é óbvio. Não sou um gênio, e nem é necessário muito
esforço, ou que se faça um aprofundamento filosófico, para se
verificar qual o principal problema do nosso ensino. O único esforço
necessário para se perceber que a culpa maior pela nossa má
educação é unicamente dos nossos mestres e se faz evidente na
situação sócio-político-econômica-pseudointelectual que vivemos
hoje, é um esforço mnemônico. Só é preciso relembrarmos como
fomos ensinados nos ensinos fundamental, médio e superior.
Seja
dentro de uma escola pública com corredores sujos e paredes mal
pintadas, repletas de filhos da miséria; seja numa escola
particular, com suas carteiras impecáveis, quadro-negro e giz em
abundância, o conteúdo programático dado, o conhecimento,
propriamente dito, repassado é o mesmo e a forma como é
apresentado, também. E nesse contexto, - o qual julgo ser o mais
importante -, a responsabilidade é exclusiva dos docentes. As
melhorias neste aspecto encontram-se unicamente nas mãos, ou melhor,
nas palavras desses que lecionam em sala de aula e nada fazem para
mudá-la.
Aliás,
antes mesmo das instalações físicas ou quaisquer outros poréns
negativos dentro do sistema educacional e somente se excetuando dessa
comparação o quesito remuneração, julgo que o modo como se
leciona seja o aspecto mais execrável. Digo, pois independentemente
do ambiente no qual se leciona, boas ideias e conhecimento podem ser
transmitidos. E o mais essencial, que é ensinar o ser humano a
pensar foi e ainda é absolutamente preterido no processo de ensino
nacional. Só nos foi e é ensinado algum tipo de raciocínio no ramo
matemático, físico ou químico e ainda assim por inculcamento de
aplicações de fórmulas cuja explicação ou fundamento, na maioria
das vezes, se omite, restringindo-se o raciocínio à mera aplicação
daquelas.
Então,
vamos lembrar:
Quem,
durante o ensino médio, nas suas aulas de história, cujos
fatos além de nos
serem ensinadas com uma
ausência completa de ordem cronológica, ouviu falar das
reais consequências
da Revolução
Comunista na União
Soviética?
Referiram-se sim aos seus "heróis" mas das suas milhões
de vítimas, alguém ouviu sequer uma única referência? Uma
tímida, qual seja,
referência ao
homicídio sistemático de mais de 60 milhões de seres humanos? Da
construção de campos
concentração? Do
massacre de Katyn, na Polônia?
Não
causa estranheza, lecionarem
que Hitler, através do Nazismo, matou cerca de 6 milhões de judeus,
mas não falarem
uma mísera palavra
a respeito do genocídio cometido na China pela mesma ideologia
comunista da URSS, vitimando assim mais de 70 milhões de pessoas?
Não que judeus não tenham sido vitimados pelo nazismo, mas nos
omitiram o que lhes é conveniente. Quantas vezes proferiram a
palavra burguês nas salas de aula a não ser no sentido comunista?
Ou
de elite com
sentido pejorativo? Qual o
seu conceito associado imediatamente a estas
palavras? Burguês e
elite, significam -lhe algo de bom?
Jamais, pois, do
modo como se nos
foram
expostos esses
conceitos, impossível
terem outra conotação, pois
a realidade
nos fora omitida.
Não que não saibam da
verdade. Apenas acabaram contando o que mais lhes convém.
Construíram uma
ideologia em que o trabalhador é um ingênuo explorado e o
empregador um explorador amoral.
A
história mundial foi propositalmente e maliciosamente ensinada como
uma matéria a parte ou
específica para que se facilitasse comparações
de cunho moral entre
estas
com o fito de
desenvaidecer o
nacionalismo ao mesmo tempo que cria
uma cisão entre a
história brasileira e
história do mundo;
coloca-a como um fenômeno a parte, desatada do restante
da humanidade.
Ao
se aprender a história de Tiradentes (um dentista usado como bode
expiatório; esquartejado para “proteger” seus “comparsas”
revolucionários; um mártir; quase um cristo retratado em nossos
livros, mas, no entanto, o foi de uma revolução vazia, cuja
ideologia, se existiu alguma, não nos fora ensinada. Exaltaram o
agir, menosprezando a inteligência. Tiradentes foi o prático de uma
conspiração revolucionária linda. Aos teóricos, nunca foram
cedido um espaço. Sabe-se que o comunismo exalta o praticismo, e que
considera a teoria como derivada da prática. Isso não faz patente a
estratégia comunistas por trás do ensino?
Isso,
ao mesmo tempo que se analisarmos sob o outro aspecto dessa
metodologia, quando comparamos o nosso herói tupiniquim com o
vigoroso herói espartano o rei Leônidas, qual brasileiro, se
pudesse
escolher, gostaria
de ser
um Tiradentes? Qual
dentista descabelado é mais homem que o símbolo da virilidade
espartana. Mas, no fim,
Tiradentes é
o que somos, pois para isto fomos doutrinados. Assim
fomos educados pelos
nossos “ilibados”
mestres. Busque qual herói há dentro do conteúdo programático das
escolas que represente um brasileiro de moral inquestionável,
honrado ou virtuoso?
Somos todos Macunaímas,
Lampiões, Lamarcas, cujas morais são tão questionáveis que nos
insiram que normal é ser um pouco imoral. Não que nossos heróis
sejam mais humanos, e por isso mais verdadeiros que os do resto do
mundo, mas são mais sujos e desvirtuados que todos os demais. Houve
honra até mesmo no Pancho Villa, mas nossos heróis tinham vícios
demais para tão pouca virtude.
Esses
exemplos ajudaram a constituir uma nação de corruptos ou de entes
facilmente corruptíveis.
E
nossos Dons? Todos
os nossos governantes no
Brasil império
tiveram, mas com razão, todas as suas vergonhas expostas. Amantes,
falta de higiene, uma proclamação da “república” por
conveniência e covardia; “o quinto dos infernos”, era como
éramos referidos por essa nobreza da forma como fora nos lecionado a
respeito dos primórdios do nosso Brasil. Tratados violados,
opressões, explorações por parte da elite, sempre
da burguesia contra o
proletariado. “Os ricos mais ricos...” foi
o ensino não declarado do conceito de luta de classes comunista.
Poderia
escrever um livro somente da forma como a história nos foi ensinada,
mas creio que os presentes exemplos sejam suficientes para comprovar
que tudo foi construído de maneira a crermos que somos explorados;
que as mudanças somente ocorreriam
por meio de violência advinda das classes inferiores; que tudo deve
mudar, pois nada há que se orgulhar na nossa história e,
principalmente, que
ALGUÉM tem de fazer algo a
esse respeito, mas não nós.
Alguém tem de nos dizer o que fazer. Não
fomos doutrinados a liderar. Liderança é algo inato. Não se
ensina. Fomos ensinados a seguir, como rebanhos, para que os,
literalmente, eleitos nos guiem. Fomos
tão roubados desde o
início de nossa história, seja pelos portugueses, seja pelas elites
que sermos roubados
chega a ser moralmente aceito.
Nos
ensinaram bem a seguir ideias,
modismos e conceitos, e
nada temos para nos orgulhar. Aliás,
o exemplo da
martirização do Tiradentes, agrega todos os aspectos aspirados para
se formar um bom idiota cidadão comunista. Ao mesmo tempo que nos
ensina como agir (de
acordo com os interesses de um ideal),
denigre a imagem do agente. Esta cisão é a esperada conclusão: o
agir por algo maior, torna até mesmo um indigente em imponente.
Ensinaram-lhes
algo a respeito da história dos EUA, além da colonização? Da
doutrina Monroe (América para os americanos), satirizada por todos
os meus professores de história? - chegaram-me a dizer que as
colônias americanas foram constituídas por ladrões e outra espécie
de bandidos expulsos da Inglaterra. Quantas referências você teve
do imperialismo americano? Quantas explicações no sentido de
fazê-los parecerem um "bando" de aproveitadores,
especuladores, até mesmo fazendo conter nos livros didáticos
charges satíricas do "Tio Sam"? Quantas relações da sua
imagem ao Capitalismo Selvagem? Um país ávido de controle mundial,
a polícia do mundo(!) e uma série de outras emblemáticas relações
com a política da opressão, não nos foi ensinado?
O
Comunismo matou mais no mundo que qualquer gerra ou que os Nazistas e
isso tudo se somadas todas elas. Pergunto quantas vezes numa aula de
história o posicionamento dos EUA não foi colocado como o de meros
oportunistas? Que após a Segunda Guerra Mundial, os americanos se
desenvolveram economicamente de forma oportunista? Que a revolução
industrial beneficiou um país capitalista oportunista, qual seja, a
Grã-Bretanha? Mas que foi graças a industrialização que o Brasil
se sentiu pressionado por aquele país e somente após isso, se viu
obrigado a libertar os seus escravos, nunca alguém lhe contou, por
certo.
Até
mesmo chegaram a ensinar, porém a título de curiosidade, que eles
não sabiam nada de história. Que seu ensino era patético. Que
chegavam a questionar a genialidade de Santos Dumont, por acreditarem
que os Irmãos Wright foram os verdadeiros inventores do avião. Que
para os americanos o rio Amazonas não era o maior e mais volumoso do
mundo, mas sim um rio chamado Mississipi. Que o mapa mundi dos EUA
ilustrava o Estado do Amazonas como sendo território internacional!
Tantos os absurdos professados por nossos tão eminentes professores,
que não se sabe se crentes ou não de tais mentiras, fizeram do
exercício da sua nobre profissão um crime!
A
história mundial ensinada, se resumiu a um aglomerado de reações.
De ação e reação. E esta a causa de revoluções. O governo mal;
o mundo mal; um mundo que oprime e explora; o MUNDO É DO MAL! Foi o
que nos foi ensinado.
Lembro-me,
também, de um único professor de matemática que nos ensinou como
foi criada a fórmula para cálculo das progressões aritméticas.
Esse tipo de conhecimento conceitual ao ser repassado é
incorporado na mente do interlocutor como se fosse um sentimento,
logo, o conceito passa a ser parte integrante do seu intelecto e não
mera ferramenta. Entendido o conceito, não se faz necessário que se
decore uma fórmula, pois o caminho para se alcançá-la lhe foi
mostrado. A pessoa não aprende a ideia, ela passa a sentir um
conceito. Todavia, o que não é ensinado é a inteligência por trás
de uma criação ou descoberta. As fórmulas são as ferramentas que
derivam disso. São as conclusões. Mas contrariamente a isso, e em
termos gerais para todas as matérias, o que é ensinado no Brasil é
a apresentação da ferramente e em que circunstâncias essa deve ser
utilizada.
A
física também padece do mesmo mal. Os conceitos da física
Newtoniana do ensino médio perdem-se em meio a meras aplicações de
fórmulas. Perdem-se a ideologia e a filosofia, mesmo que errônea e
falha do aspecto filosófico, de Sir Isaac Newton. Não há espaço
ao debate. Não há o que se questionar; somente há o que se aplicar
(fazer), quando o objeto do ensino é a fórmula. Abrir alas ao pífio
ofício de resolver problemas, cuja teoria se restringe a regras da
física aplicáveis somente dentro de um ambiente específico,
exclui-se a sua a aplicabilidade e utilidade maior na vida real e
prática.
O
raciocínio inovador que provém de um bom debate, da colisão de
ideias contrárias, simplesmente se desvaneceu ante a priorização
da aplicação dogmática de fórmulas. Nada se ensina do antes, do
"como?" ou "de que maneira?", somente se repassa
a conclusão, o fático e já mastigado dever de aplicar algo, sem
que se caiba um singelo questionamento do seu porquê. Ensino é, e
sempre o foi aqui, doutrinação. Não há mente livre; todas são
direcionadas. O todo professado no ensino nacional, nada mais é que
resto. Resto é tabela; seja da tabuada ou de elementos químicos.
Isso é nada mais que a aplicação do símbolo do Tiradentes a todas
as matérias no ensino que é voltado não ao conhecimento, mas a
inserção prática de cidadãos práticos, nada além de medíocres
(ou abaixo disso) frutos dessa didática.
Lembro-me
de uma audiência criminal na qual foi chamada a depor uma psicóloga
responsável pela emissão de laudo técnico a atestar a incapacidade
intelectual do réu. Quando perguntada pelo juiz acerca do método e
do teste empregado, esta esclareceu que utilizara um método
científico consistente em uma série de perguntas específicas, no
desenho de figuras específicas, e na associação de imagens a
ideias - como num exame psicotécnico. E que de acordo com um padrão
de respostas e características dos desenhos, poder-se-ia aferir
traços da personalidade de uma pessoa, podendo-se aferir indícios
ou certezas de uma psicose, uma perversão, esquizofrenia dentre
outras patologias. Porém, quando perguntada a respeito de que forma
especificamente um traço feito num desenho, ou um detalhe, repercute
num diagnóstico específico de uma doença ou debilidade, a
profissional não tinha a menor ideia de qual o fundamento utilizado
para se chegar a tal dedução. Qual o critério científico
utilizado na criação do teste, nunca fora do conhecimento da
psicóloga. A ela coube apenas, aplicar uma ferramente e de acordo
com parâmetros pré estabelecidos enquadrar a pessoa objeto do teste
num pré-determinado perfil psicológico. Inseri-la numa tabela.
Acredito
que a maioria dos psicólogos não tenham conhecimento real de qual
metodologia foi empregada para se criar o teste e baseado em que
foram obtidas as suas conclusões. São meros empregados da
psicologia. Como um servente de pedreiro que mistura o cimento água
e pedra pra fabricar concreto, mas desconhece a reação química por
trás da obra.
Mas,
por acaso, ao conhecermos uma pessoa que se apresente como professor,
qual a sua primeira impressão. Não é de querer consolá-lo ao
mesmo tempo em imediatamente nos colocamos em condição inferior
intelectualmente e respeitamos tudo o que este cidadão nos diga?
Isso porque a eles se vinculou uma imagem dogmática de intelectuais.
Eu mesmo quando alguém a mim assim se apresenta, tenho vontade de
afagar-lhe a cabeça e dizer: Puxa como vocês são heroicos!
Tadinhos. A vontade é grande, até me lembrar o quanto estes não
passam de idiotas, por terem me ensinado tanta porcaria. Quanto tempo
me fizeram perder com conhecimentos vazios e omissões maliciosas.
Tiraram-me a infância e juventude, expondo-me a conceitos
inverídicos e, principalmente(!), não nos ensinaram a pensar!
Toda
vítima que assume a personalidade de seu agressor, passa a ser tão
criminoso quanto aquele. Se foram vítimas de um sistema que lhes deu
armas, em vez de usá-las contra os seus agressores as apontaram para
as cabeças dos inocentes.
Como
tudo poderia ser diferente!
Então,
hoje, quando assisto ao noticiário mostrando as manifestações dos
professores, enclausurados em barracas dia e noite, expostos,
humilhados pelo poder público, a imagem que me vem não é a de
“coitadinhos” que estariam, além de tudo, nos ensinando como é
que se faz um protesto; mas é sim, a de que estão tendo o que
merecem. Até hilário pensar que um Beto Richa, tenha sido um de
seus alunos. E, talvez, o que melhor tenha aprendido! Pois se o país
hoje se encontra na situação em que se mostra (em todos os
aspectos) é graças ao ensino. E ensinar é a
responsabilidade deles. Esse poder público do qual são vítimas é
o mesmo que ajudaram a construir. Nunca se viu um Brasil tão burro,
imoral e desvirtuado. E, agora, que necessitamos de mentes pensantes,
somente temos os agentes. É a prática precedendo a teoria. É a
subversão comunista. O protesto é a consequência do mal que os
professores ensinaram o Brasil a ser.
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